sábado, 24 de setembro de 2011

Porquê?


Porquê desenhar ou pintar o que a natureza faz tão bem? Esta é a matéria prima de todos os que aspiram à sua representação. Sendo a natureza o original e as suas reproduções uma cópia ou reinvenção, o que nos leva a nós seres humanos a ter necessidade de a representar? Uma forma, uma cor, um movimento, a vida em suma, o nosso eu vivo admirativo perante a contemplação da beleza! Desejo de posse, de memória futura, de procura, investigação ou talvez partilhar com outros a sua visão. De um momento fugaz de um pensamento, procurar o objecto fora de nós e viajar ao fundo da alma nossa e do outro? Recriar e fazer nascer uma nova imagem? Porquê?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Exercício de composição

Este é um exercício de composição que tem alguns anos e é feito com colagem de imagens impressas seleccionadas e compostas de forma harmoniosa numa cartolina de 1,00x70cm. Foi depois completado com pastel de óleo. Terei que o fazer de novo e experimentar com desenhos. Como variante lembrei-me um dia de pegar no jornal diário de fazer uma composição com imagens recortadas e intervir depois com pastel. Também tenho o objectivo de fazer mais tendo o cuidado de repetir algumas imagens talvez desenhadas para encontrar outra harmonia, e não esquecer a luz!


Pintura de Paisagem ao ar livre

Finalmente o fim de semana passado fui fazer o que mais aprecio: pintar paisagem ao ar livre. O som dos pássaros, o balir das ovelhas crias, o grito do pastor e o ladrar dos cães e o ruído das folhas das árvores balançando ao vento completam o prazer e por vezes a angústia de decidir o enquadramento ou a paleta de cores a usar. Encantei-me com 2 diospireiros, um deles carregado de diospiros alaranjados contrastando com o verde das folhas e debaixo de um cedro pintei-os num cartão de 18x24. Mais tarde pintei  a imagem de um grande plátano e imensa copa. As fotos não estão muito boas pois a pintura a óleo fica brilhante e por isso fica a tinta em relevo e não dá para apreciar a cor utilizada. Em ambos utilizei laranja cádmio, terra de siena queimada, azul da prússia, verde seiva e branco de titanio. Na luz mais intensa utilizei também um pouco de amarelo cádmio claro. Pintei apenas com 3 pinceis espatulados e pequenos de acordo com as pequenas dimensões. Terminei estes 2 exercícios nesse dia, cansada mas de alma cheia. Ainda acho que o do plátano falta mais luz no chão e o estudo da representação da luz é um dos meus objectivos. Terei que me esforçar mais!

domingo, 11 de setembro de 2011



Vou fazer uma natureza morta, pensei! Sempre muito aconselhadas para a prática da cor e da composição e porque não? Procurei com quê e quando fui ao super vi uns pimentos maravilhosamente vermelhos e deformados, vangoghianos, e já está comprei dois, não muitos pois terei que os comer depois e não quero ter enjoo.. Comecei por experimentar em pastel de óleo neopastel que derretiam nas minhas mãos! Depois quis algo mais complicado e pintei em cartão telado e a óleo solúvel em água (que eu tinha há séculos e não usava) e com acrílico à mistura, pois ambos se misturam em água. E o resultado é o último que aqui reproduzo. O pano de cozinha não foi escolhido ao acaso, pois as riscas vermelhas continuam a linha sinuosa do vermelho dos pimentos! 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Arte, Luz e pensamentos

Chuva de verão, introspecção, automotivação leva-me a escrever este blogue que será só para uso pessoal. A necessidade vital que experimento ao tentar criar imagens novas, reproduzir outras existentes os compromissos diários que impedem uma regularidade na procura da criação de imagens de arte e a disponibilidade destas tecnologias fazem-me pensar ser possível a dedicação que procuro. Até breve!