domingo, 19 de agosto de 2012

Lembranças

Em 2004


Em 2005 desenhos a caneta:



em 2006



Horas de prazer, de calor, de procura e aprendizagem, sempre.




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Natureza morta a pastel seco macio

No feriado, em vez de ir à praia, aproveitei um convite e fui desenhar natureza morta. Quis praticar o pastel seco macio e deixo o resultado de 3 horas e meia de trabalho:



quinta-feira, 19 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

5 horas no Zoo de Lisboa

Com uma esferográfica, aguarela preta, pincel, alguns papeis e 5 horas desenhei alguns dos animais que se encontram neste local que está cada vez melhor: o Zoo de Lisboa.






terça-feira, 19 de junho de 2012

Desenho a pincel e aguarela preta

Para quem tem essa sorte, chega por vezes um momento na vida em que podemos ser parte da memória perdida de alguém simplesmente pelo facto de termos amado e acompanhado décadas um ser humano que nos é querido. Olho para ela e vejo-a jovem e sorridente, vejo o rosto dos seus filhos, vejo as memórias que ela deixou em mim e maravilhada dou-me conta que perto do final ela continua a ensinar-me o que é amar. Muito obrigada avó!

sábado, 9 de junho de 2012

Alcube

Desenho a pincel e aguarela da paisagem maravilhosa de uma vinha rodeada pela bela serra da Arrábida perto de Azeitão.

Algures na Quinta de Alcube, 7000 anos depois, onde o tempo parece parar:


domingo, 27 de maio de 2012

Jardins, jardins, jardins

Desenho a pincel e aguarela preta
Os jardins de Lisboa são maravilhosos: quando chega o verão, lá vou eu aproveitar o perfume das flores e deliciar-me com as cores e a luz. Hoje fiz um desenho a pincel no Parque Monteiro-Mor de novo no Lumiar, mas ontem visitei os jardins do Palácio de Queluz, que foram renovados e que ainda não tinha apreciado.

Desenho a caneta e aguada em papel de aguarela

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cruzado e Pontilhado

Mais uma vez experimento a técnica do pontilhado a caneta! O efeito visual é sempre bonito mas no final do trabalho que demorou umas 2 horas quase tinha um ataque de nervoso miudinho! Este tipo de técnica não pode ser feita numa só sessão:


Não foi feito desenho prévio a lápis.

No mesmo dia, fiz outro desenho mas com a técnica do traço cruzado (com a mesma caneta):


domingo, 13 de maio de 2012

Sem título

Hoje não tenho título nesta mensagem. Apanhei uma flor de um amarelo intenso e desenhei-a e tentei transmitir essa cor e a sua forma. Está um pouco deformada pois tenho por hábito desenhar mudando de vez em quando o ponto de vista para ver outra parte do objecto: por vezes quero transmitir a sua forma num só desenho.



Depois de tarde fui passear ao Parque do Monteiro-Mor no Lumiar e quase ia ficando fechada lá dentro pois já passava das 18h00 quando me lembrei que fechavam a essa hora. A sorte foi um dos trabalhadores sair um pouco mais tarde. Enquanto procurava uma saída pois o portão principal já estava fechado, ainda imaginei lá ficar e que até que seria interessante mas amanhã tenho trabalho e como este parque só abriria na próxima terça de tarde, não era uma boa ideia. Fiz apenas um desenho com aparo, tinta da china e aguarelei-o. Um pouco à pressa pois o tempo voa quando desenho e não o consigo controlar. As dores desaparecem e só existo eu e o objecto da minha observação. Não há melhor ansiolítico no mundo!


domingo, 29 de abril de 2012

Búzio

Por que me dá prazer aproveitei o fim de semana chuvoso para praticar um pouco de desenho, aguarela e lápis de cor e pintei um búzio que me emprestaram. Ainda não está como eu gostaria e como ele certamente merece mas deixo as duas tentativas: aguarela e lápis de cor:


domingo, 22 de abril de 2012

A minha primeira prancha de BD

Experimentei a minha primeira prancha de Banda Desenhada. O argumento é muito simples mas depois de o ter escrito observei que inconscientemente ilustrei o que acontece a muitos de nós quando tentamos  completar um objetivo e o timing terminou. Imaginar uma formiga em ângulo contrapicado foi também uma surpresa! Este desenho foi feito com  aparo Gillott, pincel fino, tinta da china e carvão natural:


domingo, 8 de abril de 2012

Composição

Formas inanimadas desenhadas a carvão, sanguínea e lápis de cor:


Fantasia inspirada na mesma imagem só a carvão:


Tenho que fazer isto de vez em quando para sair da rotina.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Alice

No último exercício surge a história de Alice no País das Maravilhas e um pouco do episódio do chá com o chapeleiro louco e o coelho. Dei voltas à cabeça e na aula como sempre por causa do ruído, nada me surgiu, vi os outros trabalhos e tudo era já visto, esta história já está muito ilustrada e vim para casa a pensar que não tenho jeito nenhum e que a imaginação está abaixo de zero. Em casa, mais tranquila, comecei a rabiscar e a Alice envelheceu e dormita debaixo de uma árvore enquanto sonha com os protagonistas do chá no País das Maravilhas.Vou intervalar com fotos que tirei, de flores que no futuro poderão ser protagonistas de uma história: são flores do campo que crescem livremente todos os anos aqui perto.










PS.: tenho que melhorar aquela árvore e os pés da Alice dorminhoca




domingo, 1 de abril de 2012

Ponta de prata

Há algum tempo ouvi falar da técnica de desenho a ponta de prata e quis logo experimentar. Esta técnica consiste em raspar uma superfície coberta com branco da china e com prata. Estas marcas ficam mais escuras à medida que o tempo passa devido à oxidação. Talvez porque aqui o tempo é importante tratei então de cobrir um cartão abandonado com acrílico (o branco da china é caro) e tratei de desenhar e depois aguarelei e parece haver aqui uma impressão antiga que me agrada:


Metamorfosis

Metamorfosis, transformação, o grupo constituído em 26 de julho de 2001, registado em Cartório antes do Euro e que reuniu durante alguns anos 11 pessoas que se conheceram na SNBA de Lisboa: a Luz, a Cristina, a Luísa, eu, a Lurdes, a Isabel, a Rosa, o Jordão, o Ricardo, o Agualusa e o Pires. Pessoas muito diferentes em personalidade, profissões e estratos sociais mas apenas uma vontade de nos motivarmos a não desistir para todos ou alguns de nós poderem estar ao lado de personalidades das artes em Portugal. Conhecemo-nos todos na SNBA de Lisboa e no final do ano letivo de 2000/2001 formalizámos em cartório a nossa vontade. Após alguns encontros em jantares que chegaram a durar em conversa até às 10h00 da manhã do dia seguinte (para alguns poucos mais resistentes), o grupo foi-se desfazendo pelas circunstâncias de vida pessoais e creio que também por aspirações artísticas muito diferentes. Havia a pressão de harmonizarmos estilos o que a meu ver deixa muito por expressar. Alguns de nós ambicionávamos mais que outros e alguns conseguiram mais do que outros: um deles foi a Cristina que tristemente nos deixou ontem devorada por uma doença maligna. Estava no início de uma carreira promissora e deixo a minha homenagem e admiração pela sua persistência, vivacidade e genuína alegria de viver e que animava muito as nossas conversas. A última vez em que nos vimos foi em 2005 numa sua exposição individual na Galeria Alerto Sarmento em Lisboa. Deixo as únicas fotos que tirámos em grupo na expetativa de um amanhã promissor.

domingo, 25 de março de 2012

Outra menina do mar

Desenho a caneta:

Exercício em cartão raspado

Retrato desenhado com x-ato:

El Surimau

Nasce em Toledo em 1200, e é descendente de imigrantes sul africanos. As inúmeras dificuldades com que vive na Idade Média no reinado de espanha por ser filho de imigrantes, levam-no à miséria e depois a roubar burgueses abastados. Apesar de trilhar o espaçoso caminho de fora-da-lei (onde há sempre lugar para mais um convertido) é uma criatura sociável, e protetora do grupo de salteadores onde está inserido. Neste grupo o lema é: um surimau por todos e todos os surimau por um (onde já ouvi isto?). Este é um personagem (antropomórfico) que imaginei inspirada no animal de origem sul-africana: o Suricata. Brevemente vou tentar moldar esta figura em barro.


domingo, 4 de março de 2012

O monstro amigável

Num exercício do curso de ilustração foi-nos pedido para desenharmos um monstro amigável para manual escolar para crianças do 4º ano. Crianças no 4º ano ou 4ª classe, devem ter 8 anos e lembro-me  que desde os 8 anos os meus livros favoritos eram os livros policiais para adultos de bolso, que encontrava em casa dos amigos e enquanto estes saltavam e pulavam lá fora, eu lia sossegada. Assim que aprendi a ler, lia tudo o que apanhava e os meus preferidos além dos livros dos Cinco, da Anita, e da banda desenhada do Pato Donald e do Tintim, eu adorava livros policiais! A paixão pelo desenho e pela pintura veio na mesma altura quando vi a minha tia pintar um retrato! Nesse dia foi uma revelação e como sou de paixões eternas, também nunca mais deixei de desenhar e pintar tudo o que me apetecia. Com estes pensamentos, comecei a desenhar a minha ideia de monstro amigável:

Muito assustador! disse o professor
Meu Deus e agora? À mente veio a imagem de um abismo, estando de um lado, os putos de 8 anos de 2012 e do outro, a memória de uma menina maria rapaz que adorava ler em 1970! Não fazia a menor ideia que este "monstro" poderia perturbar as mentes das crianças de agora e verdade seja não acredito nessa possibilidade! Eu não sou mais nem menos violenta por ter lido livros policiais povoados de monstros humanos e pensei que provavelmente existe a vontade (não sei se louvável) de perpetuar a inocência nas crianças. Calei-me e fiz outro monstro amigável:

Agora sim! disse o professor.

Incomodada, cheguei a casa e mostrei os desenhos ao meu pai, que em 1940 tinha 8 anos e ele comentou admirado:
- Isso é um monstro?

E julgo que está tudo dito.

Mais um pouco de scraperboard

Capa para livro de Português do 4º ano

Tentativa de desenhar retrato

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Leiteira e o balde

Scrapperbord e acríclico:

Intervalo com o João


Pediram-me um quadro e escolhi o nosso grande pintor naturalista João Vaz para me inspirar. Apesar de ser um trabalho um pouco exigente fico sempre admirada pois começo a pintar cansada e depois de tudo terminado sindo uma tranquilidade reparadora e uma energia que não sei de onde vem. Muitas vezes sinto este hobby como um empréstimo e quando desenho ou pinto sinto como se reincorporasse outra pessoa. Julgo que esta impressão acontece porque todos os dias faço um trabalho profissional muito diferente, mais racional, normalizado e impessoal que me obriga a esqueçer este Eu e quando finalmente me vejo perante um papel ou uma tela, é com sofreguidão que desenho e pinto para aproveitar o tempo que ainda tenho para me encontrar nesse cantinho dos sonhos antes do fim. É como morrer e nascer de novo.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Gravura em pacotes de leite

Entretanto nos intervalos do trabalho profissional e do trabalho doméstico e das aulas, fui a um workshop de gravura em pacotes de leite. Este consistiu em aproveitar os pacotes de leite e gravar desenhos no seu interior com uma ponta seca ou com x-acto. Depois passava-se tinta para gravura nas matrizes e imprimiam-se as imagens em papel Fabriano. Já comprei os outros instrumentos necessários para fazer outras ilustrações em casa. Aqui estão as experiências:


A Menina do Mar II

Mais alguns desenhos para a Menina do Mar.

A caneta aparo..


Em acrílico e pastel de óleo..

e uma técnica antiga que reapareceu recentemente: o scraperboard.


Esta técnica consiste em riscar um cartão pintado a preto com umas facas fazendo aparecer cor branca por baixo da cor preta. Antigamente o cartão era coberto por gesso e depois de lixar para o alisar, era pintado com tinta indiana preta. Após a secagem o desenho era raspado com as facas. Se houvesse erro este era coberto de novo pela tinta deixava-se secar e era raspado de novo. Os suportes que agora existem para esta técnica não permitem correções mas é muito interessante o efeito. Experimentei cobrir os cartões com gesso acrílico e depois com tinta da china mas após um dia de secagem, o gesso rachou. O tempo que demora e o custo é excessivo e cheguei à conclusão que é melhor comprar os suportes. Vou aproveitar os que tratei para praticar esta técnica experimentando o efeito de cada uma das facas.