Nasce em Toledo em 1200, e é descendente de imigrantes sul africanos. As inúmeras dificuldades com que vive na Idade Média no reinado de espanha por ser filho de imigrantes, levam-no à miséria e depois a roubar burgueses abastados. Apesar de trilhar o espaçoso caminho de fora-da-lei (onde há sempre lugar para mais um convertido) é uma criatura sociável, e protetora do grupo de salteadores onde está inserido. Neste grupo o lema é: um surimau por todos e todos os surimau por um (onde já ouvi isto?). Este é um personagem (antropomórfico) que imaginei inspirada no animal de origem sul-africana: o Suricata. Brevemente vou tentar moldar esta figura em barro.
domingo, 25 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
O monstro amigável
Num exercício do curso de ilustração foi-nos pedido para desenharmos um monstro amigável para manual escolar para crianças do 4º ano. Crianças no 4º ano ou 4ª classe, devem ter 8 anos e lembro-me que desde os 8 anos os meus livros favoritos eram os livros policiais para adultos de bolso, que encontrava em casa dos amigos e enquanto estes saltavam e pulavam lá fora, eu lia sossegada. Assim que aprendi a ler, lia tudo o que apanhava e os meus preferidos além dos livros dos Cinco, da Anita, e da banda desenhada do Pato Donald e do Tintim, eu adorava livros policiais! A paixão pelo desenho e pela pintura veio na mesma altura quando vi a minha tia pintar um retrato! Nesse dia foi uma revelação e como sou de paixões eternas, também nunca mais deixei de desenhar e pintar tudo o que me apetecia. Com estes pensamentos, comecei a desenhar a minha ideia de monstro amigável:
Meu Deus e agora? À mente veio a imagem de um abismo, estando de um lado, os putos de 8 anos de 2012 e do outro, a memória de uma menina maria rapaz que adorava ler em 1970! Não fazia a menor ideia que este "monstro" poderia perturbar as mentes das crianças de agora e verdade seja não acredito nessa possibilidade! Eu não sou mais nem menos violenta por ter lido livros policiais povoados de monstros humanos e pensei que provavelmente existe a vontade (não sei se louvável) de perpetuar a inocência nas crianças. Calei-me e fiz outro monstro amigável:
Incomodada, cheguei a casa e mostrei os desenhos ao meu pai, que em 1940 tinha 8 anos e ele comentou admirado:
- Isso é um monstro?
E julgo que está tudo dito.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Intervalo com o João
Pediram-me um quadro e escolhi o nosso grande pintor naturalista João Vaz para me inspirar. Apesar de ser um trabalho um pouco exigente fico sempre admirada pois começo a pintar cansada e depois de tudo terminado sindo uma tranquilidade reparadora e uma energia que não sei de onde vem. Muitas vezes sinto este hobby como um empréstimo e quando desenho ou pinto sinto como se reincorporasse outra pessoa. Julgo que esta impressão acontece porque todos os dias faço um trabalho profissional muito diferente, mais racional, normalizado e impessoal que me obriga a esqueçer este Eu e quando finalmente me vejo perante um papel ou uma tela, é com sofreguidão que desenho e pinto para aproveitar o tempo que ainda tenho para me encontrar nesse cantinho dos sonhos antes do fim. É como morrer e nascer de novo.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Gravura em pacotes de leite
Entretanto nos intervalos do trabalho profissional e do trabalho doméstico e das aulas, fui a um workshop de gravura em pacotes de leite. Este consistiu em aproveitar os pacotes de leite e gravar desenhos no seu interior com uma ponta seca ou com x-acto. Depois passava-se tinta para gravura nas matrizes e imprimiam-se as imagens em papel Fabriano. Já comprei os outros instrumentos necessários para fazer outras ilustrações em casa. Aqui estão as experiências:
A Menina do Mar II
Mais alguns desenhos para a Menina do Mar.
A caneta aparo..
Em acrílico e pastel de óleo..
e uma técnica antiga que reapareceu recentemente: o scraperboard.
A caneta aparo..
Em acrílico e pastel de óleo..
e uma técnica antiga que reapareceu recentemente: o scraperboard.
Esta técnica consiste em riscar um cartão pintado a preto com umas facas fazendo aparecer cor branca por baixo da cor preta. Antigamente o cartão era coberto por gesso e depois de lixar para o alisar, era pintado com tinta indiana preta. Após a secagem o desenho era raspado com as facas. Se houvesse erro este era coberto de novo pela tinta deixava-se secar e era raspado de novo. Os suportes que agora existem para esta técnica não permitem correções mas é muito interessante o efeito. Experimentei cobrir os cartões com gesso acrílico e depois com tinta da china mas após um dia de secagem, o gesso rachou. O tempo que demora e o custo é excessivo e cheguei à conclusão que é melhor comprar os suportes. Vou aproveitar os que tratei para praticar esta técnica experimentando o efeito de cada uma das facas.
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