domingo, 13 de maio de 2012

Sem título

Hoje não tenho título nesta mensagem. Apanhei uma flor de um amarelo intenso e desenhei-a e tentei transmitir essa cor e a sua forma. Está um pouco deformada pois tenho por hábito desenhar mudando de vez em quando o ponto de vista para ver outra parte do objecto: por vezes quero transmitir a sua forma num só desenho.



Depois de tarde fui passear ao Parque do Monteiro-Mor no Lumiar e quase ia ficando fechada lá dentro pois já passava das 18h00 quando me lembrei que fechavam a essa hora. A sorte foi um dos trabalhadores sair um pouco mais tarde. Enquanto procurava uma saída pois o portão principal já estava fechado, ainda imaginei lá ficar e que até que seria interessante mas amanhã tenho trabalho e como este parque só abriria na próxima terça de tarde, não era uma boa ideia. Fiz apenas um desenho com aparo, tinta da china e aguarelei-o. Um pouco à pressa pois o tempo voa quando desenho e não o consigo controlar. As dores desaparecem e só existo eu e o objecto da minha observação. Não há melhor ansiolítico no mundo!


domingo, 29 de abril de 2012

Búzio

Por que me dá prazer aproveitei o fim de semana chuvoso para praticar um pouco de desenho, aguarela e lápis de cor e pintei um búzio que me emprestaram. Ainda não está como eu gostaria e como ele certamente merece mas deixo as duas tentativas: aguarela e lápis de cor:


domingo, 22 de abril de 2012

A minha primeira prancha de BD

Experimentei a minha primeira prancha de Banda Desenhada. O argumento é muito simples mas depois de o ter escrito observei que inconscientemente ilustrei o que acontece a muitos de nós quando tentamos  completar um objetivo e o timing terminou. Imaginar uma formiga em ângulo contrapicado foi também uma surpresa! Este desenho foi feito com  aparo Gillott, pincel fino, tinta da china e carvão natural:


domingo, 8 de abril de 2012

Composição

Formas inanimadas desenhadas a carvão, sanguínea e lápis de cor:


Fantasia inspirada na mesma imagem só a carvão:


Tenho que fazer isto de vez em quando para sair da rotina.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Alice

No último exercício surge a história de Alice no País das Maravilhas e um pouco do episódio do chá com o chapeleiro louco e o coelho. Dei voltas à cabeça e na aula como sempre por causa do ruído, nada me surgiu, vi os outros trabalhos e tudo era já visto, esta história já está muito ilustrada e vim para casa a pensar que não tenho jeito nenhum e que a imaginação está abaixo de zero. Em casa, mais tranquila, comecei a rabiscar e a Alice envelheceu e dormita debaixo de uma árvore enquanto sonha com os protagonistas do chá no País das Maravilhas.Vou intervalar com fotos que tirei, de flores que no futuro poderão ser protagonistas de uma história: são flores do campo que crescem livremente todos os anos aqui perto.










PS.: tenho que melhorar aquela árvore e os pés da Alice dorminhoca




domingo, 1 de abril de 2012

Ponta de prata

Há algum tempo ouvi falar da técnica de desenho a ponta de prata e quis logo experimentar. Esta técnica consiste em raspar uma superfície coberta com branco da china e com prata. Estas marcas ficam mais escuras à medida que o tempo passa devido à oxidação. Talvez porque aqui o tempo é importante tratei então de cobrir um cartão abandonado com acrílico (o branco da china é caro) e tratei de desenhar e depois aguarelei e parece haver aqui uma impressão antiga que me agrada:


Metamorfosis

Metamorfosis, transformação, o grupo constituído em 26 de julho de 2001, registado em Cartório antes do Euro e que reuniu durante alguns anos 11 pessoas que se conheceram na SNBA de Lisboa: a Luz, a Cristina, a Luísa, eu, a Lurdes, a Isabel, a Rosa, o Jordão, o Ricardo, o Agualusa e o Pires. Pessoas muito diferentes em personalidade, profissões e estratos sociais mas apenas uma vontade de nos motivarmos a não desistir para todos ou alguns de nós poderem estar ao lado de personalidades das artes em Portugal. Conhecemo-nos todos na SNBA de Lisboa e no final do ano letivo de 2000/2001 formalizámos em cartório a nossa vontade. Após alguns encontros em jantares que chegaram a durar em conversa até às 10h00 da manhã do dia seguinte (para alguns poucos mais resistentes), o grupo foi-se desfazendo pelas circunstâncias de vida pessoais e creio que também por aspirações artísticas muito diferentes. Havia a pressão de harmonizarmos estilos o que a meu ver deixa muito por expressar. Alguns de nós ambicionávamos mais que outros e alguns conseguiram mais do que outros: um deles foi a Cristina que tristemente nos deixou ontem devorada por uma doença maligna. Estava no início de uma carreira promissora e deixo a minha homenagem e admiração pela sua persistência, vivacidade e genuína alegria de viver e que animava muito as nossas conversas. A última vez em que nos vimos foi em 2005 numa sua exposição individual na Galeria Alerto Sarmento em Lisboa. Deixo as únicas fotos que tirámos em grupo na expetativa de um amanhã promissor.