sábado, 17 de dezembro de 2011

O Amigo Secreto

É Natal! Tenho um presente para um amigo secreto. Lembrei-me de explorar a fábula da cegonha e da raposa de La Fontaine. Experimentei apenas uma composição pois o meu objectivo era experimentar algumas técnicas. E aí vão:

A carvão...


A tinta da china e aguarela:



A tinta da china, aguarela e guacho branco:


A aguarela e a pastel de óleo:


 Apenas a pastel de óleo, com técnica de esgrafitado


 Já escolhi o meu presente de Natal! Espero que o amigo secreto goste...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cartoons e Caricaturas

A última semana foi de novas experiências: como frequento um curso sobre Ilustração Artística, foi-nos dado exercícios de cartoons e caricaturas. Nas aulas experimentei um cartoon e uma caricatura e em casa fui tentando outros. Até agora apenas fiz 3 caricaturas e 3 cartoons que junto as imagens do resultado final. Vou ter que aperfeiçoar os cartoons "cartões de Natal" mas vou levar tudo para a próxima aula para pedir a crítica do professor.

 Caricaturas por ordem crescente de execução

Em lápis de cor e aguarela


Desenhado a pincel e tinta preta de aguarela



e os cartoons





Entretanto tentei também outras experiências e a aguarela



Em conclusão: gostei de fazer as caricaturas e com alguma prática pode ser que faça qualquer coisa de jeito e gostei das últimas aguarelas. Quanto aos cartoons apesar de gostar da ideia de ironizar e satirizar política e temas comuns do dia a dia, não são o meu forte. Todos eles foram originalmente criados por mim sem sequer procurar referências de imagens (tenho apenas uma vaga ideia da aparência de uma rena) e tremi um pouco quando tive que pintar com o pincel que ainda não corre solto e seguro como gostaria. Claro, terei que praticar mais. Se ao menos tivesse os dias inteiros livres para me dedicar!

domingo, 27 de novembro de 2011

Os outros ou ensaio para contar estória



Um dia destes, no Metro, enquanto imaginava uma composição de recortes de imagens, entraram duas passageiras que associei a pinceladas de vermelho num prado verde, tal eram distintas dos que normalmente viajam nestas carruagens! Indiferentes aos "populares" sentaram-se em frente a mim e pude observá-las com algum detalhe. As imagens que tentei semanas depois reproduzir dão apenas uma pálida ideia da impressão que me causaram! Eram duas mulheres que aparentavam ter, uma 70 anos e outra talvez 20 e apesar de diferentes na idade tinham ambas uma forma excêntrica de trajar. Cuidadosamente vestidas e penteadas com longas unhas, ostentavam pulseiras aneis e colares bastante vistosos e divertida e assombrada, detive-me a admirar o piercing que a mais nova trazia no cimo da orelha, uma orelha com uma forma pouco comum! Orelha de rica, pensei! Só alguém rico tem uma orelha com uma forma em cornucópia como aquela! O cabelo apanhado no rabo de cavalo que começava no início da cabeça, exibia-a orgulhosamente! Subitamente, o comboio passa na Bela Vista e o sol entrou bruscamente. Incomodada a jovem tapa os olhos com a mão e o anel de brilhantes (seriam verdadeiros?) brilhou! Enquanto a mais velha a única que falava parecendo divertida, a mais nova mantinha um ar sorumbático e altivo sorrindo levemente apenas quando a outra lhe fez uma observação que apanhei como esta gostar de sapatos. Sapatos! Sapatos que a mais velha já tinha comprado, que queria comprar, opiniões sobre sapatos, saltos, etc.. Continuando esta inspecção visual obviamente através do reflexo que ambas produziam no vidro da janela do Metro, tentei imaginar como seria o mundo visto através daqueles olhos cuidadosamente pintados. Elas mostravam-se indiferentes aos outros passageiros e assemelhavam-se a atrizes vestidas para interpretar um papel e parecia evidente que não havia mais nada para conhecer senão o que exibiam. Estranhamente os outros passageiros pareciam não reparar nelas concentrados olhando o seu corredor de vida, o seu ninho interior, digirindo-se para os seus destinos, sós! Deambulando nestes pensamentos chegou então o meu destino e saí, só!

domingo, 6 de novembro de 2011

A minha avó

Hoje vou visitar a minha avó. Tenho como missão, dar-lhe o almoço, uma sopa! Esta avó de 95 anos apenas quer uma sopa. Não tem fome, quase não tem memória. Quando a vou ver, sinto sempre ternura e expectativa. Cada vez que penso nela, as memórias de uma infância feliz a seu lado, surgem espontaneamente. Lembro-me sempre dela presente, das histórias que até há pouco tempo contava, da sua juventude, uma jovem alegre e travessa que chegava a casa do trabalho de costureira a cantarolar. A sua ida para África após o casamento, a solidão do mato que quase lhe fez perder o sentido, os 4 filhos que teve e os que criou com dificuldade nessa bela e dura terra. E sempre a costurar! Desde as roupas para a boneca de pano com que brincava, até às que costurava para as netas que adorava! E que agora não reconhece. Não se lembra do nome. Avó quem sou eu? - Tu!? Não sei! E de olhar ausente, sorri constrangida. Um sorriso que se mantèm! Dizem que os "velhos" não sorriem mas a minha avó sorri bastante, como uma criança travessa! E quando nos vê, aos netos, o seu sorriso abre-se de reconhecimento e eu sei, ela lembra-se!

domingo, 23 de outubro de 2011

Fim de Verão

Deixando saudades, o longo Verão de 2011 terminou ontem a 22 de Outubro.


 
 Este Verão tardio deixou-me com esperança e enquanto não  brilhar de novo fica a memória da sua luz e cor. Para gozar este último dia estive num jardim bem no centro da capital a encantar-me com a luz, a cor das rosas, laranja, vermelho, branco, o verde das pétalas sendo também  impossível de esquecer a atracção que têm as abelhas, as moscas e as formigas pelo cheiro doce da aguarela e a alteração de cor que ao longo do dia e da tarde acontece pois isto nunca pára, apesar de que por vezes gostaríamos que por vezes o tempo parasse e nos marcasse para sempre se é que sempre existe. O tempo passa e o sempre não existe. Por isso aproveitei a tarde mergulhando nas experiências sempre novas de pintar a aguarela, de desenhar com o pincel e ontem experimentei também desenhar a pincel e aguarelar depois. Também tentei desenhar o "Biscoito" um cãozito que uma colega de pinturas levou. Como é comum todos os anos aguardo ansiosamente o próximo Verão de S. Martinho e por uma visita a Alfama! Até breve!


domingo, 9 de outubro de 2011

Desenho a pincel

O pincel pedi emprestado para experimentar desenhar a pincel "sem rede" ou sem lápis e borracha. Gostei!

sábado, 24 de setembro de 2011

Porquê?


Porquê desenhar ou pintar o que a natureza faz tão bem? Esta é a matéria prima de todos os que aspiram à sua representação. Sendo a natureza o original e as suas reproduções uma cópia ou reinvenção, o que nos leva a nós seres humanos a ter necessidade de a representar? Uma forma, uma cor, um movimento, a vida em suma, o nosso eu vivo admirativo perante a contemplação da beleza! Desejo de posse, de memória futura, de procura, investigação ou talvez partilhar com outros a sua visão. De um momento fugaz de um pensamento, procurar o objecto fora de nós e viajar ao fundo da alma nossa e do outro? Recriar e fazer nascer uma nova imagem? Porquê?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Exercício de composição

Este é um exercício de composição que tem alguns anos e é feito com colagem de imagens impressas seleccionadas e compostas de forma harmoniosa numa cartolina de 1,00x70cm. Foi depois completado com pastel de óleo. Terei que o fazer de novo e experimentar com desenhos. Como variante lembrei-me um dia de pegar no jornal diário de fazer uma composição com imagens recortadas e intervir depois com pastel. Também tenho o objectivo de fazer mais tendo o cuidado de repetir algumas imagens talvez desenhadas para encontrar outra harmonia, e não esquecer a luz!


Pintura de Paisagem ao ar livre

Finalmente o fim de semana passado fui fazer o que mais aprecio: pintar paisagem ao ar livre. O som dos pássaros, o balir das ovelhas crias, o grito do pastor e o ladrar dos cães e o ruído das folhas das árvores balançando ao vento completam o prazer e por vezes a angústia de decidir o enquadramento ou a paleta de cores a usar. Encantei-me com 2 diospireiros, um deles carregado de diospiros alaranjados contrastando com o verde das folhas e debaixo de um cedro pintei-os num cartão de 18x24. Mais tarde pintei  a imagem de um grande plátano e imensa copa. As fotos não estão muito boas pois a pintura a óleo fica brilhante e por isso fica a tinta em relevo e não dá para apreciar a cor utilizada. Em ambos utilizei laranja cádmio, terra de siena queimada, azul da prússia, verde seiva e branco de titanio. Na luz mais intensa utilizei também um pouco de amarelo cádmio claro. Pintei apenas com 3 pinceis espatulados e pequenos de acordo com as pequenas dimensões. Terminei estes 2 exercícios nesse dia, cansada mas de alma cheia. Ainda acho que o do plátano falta mais luz no chão e o estudo da representação da luz é um dos meus objectivos. Terei que me esforçar mais!

domingo, 11 de setembro de 2011



Vou fazer uma natureza morta, pensei! Sempre muito aconselhadas para a prática da cor e da composição e porque não? Procurei com quê e quando fui ao super vi uns pimentos maravilhosamente vermelhos e deformados, vangoghianos, e já está comprei dois, não muitos pois terei que os comer depois e não quero ter enjoo.. Comecei por experimentar em pastel de óleo neopastel que derretiam nas minhas mãos! Depois quis algo mais complicado e pintei em cartão telado e a óleo solúvel em água (que eu tinha há séculos e não usava) e com acrílico à mistura, pois ambos se misturam em água. E o resultado é o último que aqui reproduzo. O pano de cozinha não foi escolhido ao acaso, pois as riscas vermelhas continuam a linha sinuosa do vermelho dos pimentos! 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Arte, Luz e pensamentos

Chuva de verão, introspecção, automotivação leva-me a escrever este blogue que será só para uso pessoal. A necessidade vital que experimento ao tentar criar imagens novas, reproduzir outras existentes os compromissos diários que impedem uma regularidade na procura da criação de imagens de arte e a disponibilidade destas tecnologias fazem-me pensar ser possível a dedicação que procuro. Até breve!