O amigo foi um gato, que viveu 22 anos em comunhão de vida com a sua tutora. Eu convivi com ele nos últimos 5 anos: houve momentos de birra e carinho expressados de forma diversa e perceptível! Assim também manifestou a sua indignação na hora da morte, pois sentia fugir a sua energia e resistiu e eu aprendi: a morte de um gato é muito parecida com a de um ser humano, pelo menos fisicamente! Acredito que a energia de todos os seres vivos sigam o mesmo caminho. Por isso devíamos todos respeitar a natureza: nós estamos nela e ela está em nós! Muitas saudades, Baltazar!
Transcrevo a expressão de dor da sua tutora daquela que conviveu com ele 22 anos, desde o nascimento à morte:
Ermila Brito
O Baltazar
Tinha apenas 3 dias de vida quando o conheci, levei-o para casa com um mês, sempre muito carrancudo, muito traquinas, tipo Garfield, foi sempre muito teimoso e mal me deixava dormir, miava para tudo, queria comer... miava; ia à areia.... miava, queria colo miava, queria brincadeira miava, exigia tudo! O Baltazar treinou a minha paciência, tinha uma personalidade única, mostrava uma inteligência requintada, sozinho criava rotinas diárias, que no dia seguinte repetia sem erros e depois alterava essas rotinas com a mesma facilidade. Em novo com os seus 2, 3 anos, a brincadeira dele favorita era entrar dentro de um saco para eu rodar com ele, outra, era esconder-se e atacar os tornozelos quando passávamos por ele. Chegava a magoar! Foram 22 anos de tropelias, de alegrias, de aflições sempre juntos. Até à data, foi o ser vivo com quem eu vivi mais tempo, humano ou animal.
Nasceu a 7 de março de 1998, hoje a 7-7- 2020 pelas 19:18 deu o ultimo suspiro.
Acompanhei-o nos seus últimos momentos, momentos esses que foram de dor e sofrimento para os dois. Lutou como o teimoso que sempre foi e como não podia deixar de ser na hora da morte também miou de dor, de frustração eu sei lá, sei que lutou imenso e doeu imenso, vai-me continuar a doer nos próximos tempos. Aqueles últimos momentos em que estivemos juntos, naquela hora, pedi-lhe que não fosse teimoso, que se deixasse ir para não sofrer, despedi-me dele o melhor que pude e acarinhei-o até deixar de respirar, foi o meu melhor amigo, o meu companheiro, o meu reflexo. Ficará para sempre no meu coração e na minha memória, foi e ainda é um grande amor, incondicional.
Agora... terei de reaprender a viver sem o Baltazar, 😥😥😔😔😔
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