quarta-feira, 31 de maio de 2023
segunda-feira, 22 de maio de 2023
No Bairro do Talude
Este foi um dia diferente, aquele em que conheci um Bairro com construções em cimento feita pelos moradores, em comunidade e onde se planta a cana do açúcar e dela se faz uma bebida alcoolica, o grogue!
Este bairro tem uma grande comunidade cabo-verdiana não deixando no entanto de por lá viverem gentes de outras culturas e países. Pessoas que nos ajudaram a construir as cidades, que limpam as nossas casas, que lutam por habitação digna, acesso a água e eletricidade. Chegando ao campo de jogos 1.º de Maio no Catujal sobe-se uma estrada que deixa de ser de alcatrão e vamos conhecendo o Bairro.
Tínhamos programa de visita guiada pelo Rolando, da AMRT Associação para a Mudança e Representação Transcultural, que começaria pelas 10h com prova de cuscuz e passeio pelo bairro e pelo que se faz, a sua história e as suas esperanças. No entanto, houve algum atraso e a prova acabou por ser pelas 11h e tivemos o prazer de provar o cuscuz que dá muita energia ao povo pois é confecionado com farinha de milho com mistura que pode ser com trigo ou fécula de batata, água, açúcar e canela. Depois é cozido num vaso de barro especial em banho maria. Pode comer-se com manteiga, doce, queijo ou também em vez de açúcar pode ser um bolo salgado. A visita ao bairro levou-nos por caminhos de ervas secas, hortas, canas e cana do açúcar. A água para regar as hortas é recolhida em grandes bidons de caleiras colocadas nos telhados dos abrigos que se encontram nas hortas. A eletricidade também é recolhida ilegal e perigosamente e atravessava-se aos nossos pés.
O bairro encontra-se no alto e de lá avista-se toda a zona oriental de Lisboa com a Ponte Vasco da Gama e vista para o Tejo e o Trancão.
Depois fomos conhecer a destilaria e o Sr. Mundinho que parecia desconhecer o dia em que nascera: assistimos à transformação da cana em grogue nas suas fases de recolha do sumo, fermentação e finalmente a filtragem. Acabei a experimentar o sumo e o dito com o grogue. Não quis o grogue puro pois não sou apreciadora de álcool. O Sr. Mundinho foi convidado para o almoço no único restaurante que havia no bairro.
No percurso para o Restaurante, ainda houve algumas paragens de conversa com gente do bairro e Rolando, onde as gentes reclamavam da falta de água. Claro que a culpa era da Associação, dizia um deles.
Pelas 13h lá chegamos ao Restaurante com um letreiro ilegível conseguindo perceber-se a palavra Restaurante e Trancão. Apesar da falta de água lá consegui utilizar a casa de banho mas não lavei as mãos. Depois chegou a Cachupa que aguardava com paciência pois percebi que aquele era um ritmo diferente do meu. Muito boa confecionada com milho e feijão, carne de porco, chouriço, morcela e depois com jindungo como se chama ao piripiri na minha terra, ficou perfeita! A acompanhar tivemos música tocada à viola e cantada pelo Marcelo um dos habitantes do Bairro.
Perto das 15h estava na hora de nos virmos embora para o encontro seguinte: não bebemos o café por falta de água, mas comemos mais um bolinho feito com canela. A cachupa estava a fazer algum efeito de sonolência, mas ainda queria desenhar.
Voltamos à AMRT e encontramo-nos com o Lisbon Drawing Club que nos desafiara para esta visita neste local que nos transforma de alguma maneira, pelo menos a mim. Acabamos o dia desenhando alguns dos locais e mornas no final cantadas e tocadas pelo Marcelo.
segunda-feira, 8 de maio de 2023
Fim de semana na Quinta dos Plátanos
No dia da coroação do novo rei de Inglaterra, não por esse motivo mas porque sim, muita família se juntou na Quinta dos Plátanos, para comemorar estarmos juntos. Eramos 34, sendo o mais velho um charmoso tio de 80 anos e a mais nova uma linda menina de 7 anos de idade. Aproveitei para desenhar 2 perspetivas da casa principal da quinta e brevemente farei uma reportagem deste dia, de forma desenhada: e assim nascem os projetos!
terça-feira, 2 de maio de 2023
Desenhos no Templo Radha Krishna
No passado dia 30 de abril, com o grupo Lisbon Drawing Club estive no templo Hindu Radha Krishna no Lumiar a desenhar a jovem Prital, devidamente trajada. Utilizei grafite aguarelável, esferográfica e aguarelas para representar os seus movimentos graciosos e roupas coloridas. As poses foram sempre curtas entre 3 e 5 minutos o que obrigou a pouco pormenor.