Estamos em 2021 e começou novo confinamento, por causa de atraso nas vacinas encomendadas. Neste não temos tanto receio da doença, veem-se mais pessoas na rua, e o desgaste da prisão domiciliária a que nos obrigam, é visível. Habituada a não parar e a viver mais fora de casa do que dentro, o ano passado foi difícil. Este ano, está melhor mas ainda sinto falta do movimento físico. Este ano decidi que tenho de sair para desentorpecer o corpo e perto de mim, vou descobrindo lugares e já começo a atrever-me a parar e desenhar. Quando estou em casa, vou assistindo a aulas à distância e respondo aos desafios dos USK, que terei que atualizar neste blogue. Há dias numa das aulas on line, assisti a uma demo de pintura de retrato em aguarela e lembrei-me de uma foto tirada faz tempo a uma pessoa muito querida. E aventurei-me a pintar o seu rosto. Quando pintamos o rosto de alguém que amamos somos muito exigentes e hesitamos entre o que nos ensinaram, o que queremos transmitir, a consciência dos nossos limites e não queremos profanar o sagrado amor que sentimos por esse ser. É o que me acontece sempre! Tenho evoluído um pouco ao longo do tempo mas ainda não ultrapassei estas dúvidas. Assim ainda dentro das muitas dúvidas juntei a minha avó quando tinha 20 anos e como chegou aos 90, o movimento do tempo é visível.
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